A Secretária Nacional LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos, Symmy Larrat. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Secretária Nacional LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos, Symmy Larrat. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
direitos humanos

‘Política antigênero se alimenta do medo’, diz Symmy Larrat na Argentina

Secretária Nacional LGBTQIA+ defendeu o enfrentamento ao sistema de opressões que afeta as pessoas trans

A Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, discursou sobre os desafios do combate ao movimento antigênero na América Latina, nesta quarta-feira (22 mar.), durante o III Fórum Mundial de Direitos Humanos 2023, em Buenos Aires. Larrat é a representante do Brasil no Espaço Memória e Direitos Humanos da ex-Escola de Mecânica Armada (Esma).

A mesa também contou com a participação de Alba Rueda, representante especial sobre Orientação Sexual e Identidade de Gênero da Chancelaria Argentina; Emília Schneider, representante nacional do Chile e Virgínia Silveira, representante do Colégio Popular Mocha Celis.

Durante sua participação na mesa “Discursos e movimentos antigênero na América Latina”, Symmy Larrat defendeu uma reação ao sistema de políticas opressoras que tem como foco as pessoas trans. “A política antigênero é um guarda-chuva que se alimenta do medo. Essa estratégia ganha força na América Latina, onde o foco central é a transgeneridade. (…) A gente precisa reagir a esse pânico de que as pessoas trans vão acabar com a família, transformar crianças. Esse pânico faz com que pessoas comecem a perseguir pessoas”, disse a secretária.

Larrat também ressaltou a responsabilidade do governo brasileiro no combate ao preconceito. “Temos que ter política para todos. Eu não quero mais ser a primeira (travesti a assumir cargo no segundo escalão do governo federal), quero ser a milionésima”. Symmy Larrat também comentou sobre o número de assassinatos de pessoas transexuais e travestis no Brasil, e fez referência ao dossiê anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O documento foi entregue ao governo federal em janeiro de 2023. 

O Fórum Mundial de Direitos Humanos está sendo realizado desde o dia 20 de março e se encerra no dia 24. A comitiva brasileira também conta com a presença do ministro Silvio Almeida.

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