Arte: João Menezes/Diadorim
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Prep injetável ou comprimido? Tem diferença?

A Prep, como é popularmente conhecida a terapia de prevenção ao HIV, já é uma aliada dos brasileiros desde 2018, quando passou a ser disponibilizada gratuitamente no SUS, mediante acompanhamento médico. Utilizada da maneira correta, ela diminui em mais de 90% o risco de contaminação com o vírus causador da Aids. 

Prep é uma sigla para Profilaxia Pré-Exposição e envolve o uso regular de um medicamento antirretroviral que prepara o organismo para possíveis contatos com o vírus. Aqueles que optam pela terapia também realizam um acompanhamento regular de saúde, incluindo testes para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Atualmente, a terapia pré-exposição utilizada no Brasil é feita com a ingestão de comprimidos que contêm antirretrovirais, como o Tenofovir e a Entricitabina, e devem ser tomados diariamente. Em julho deste ano, no entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Cabotegravir, utilizado na modalidade injetável, que pode ser uma nova opção para prevenção contra o HIV.

Entenda como funcionam os dois tipos de Prep:

Prep em comprimidos: Os comprimidos contêm antirretrovirais como o Tenofovir e a Entricitabina. O efeito protetor da Prep em comprimidos começa a ser efetivo após 7 a 20 dias de uso contínuo. É necessário realizar visitas periódicas aos serviços de saúde para acompanhamento médico e realizar testes para sífilis, HIV e hepatites B e C. Os comprimidos de Prep estão disponíveis gratuitamente no SUS, mediante acompanhamento médico, ou podem ser adquiridos com prescrição médica sob o nome comercial Truvada.

Há duas formas de uso dos comprimidos:

Prep injetável: Essa opção oferece uma alternativa conveniente para aqueles que preferem não tomar os comprimidos diariamente. O antirretroviral Cabotegravir é administrado por meio de injeções, com a necessidade de receber uma segunda injeção após a primeira dose e, posteriormente, uma dose a cada oito semanas. Essa terapia injetável ainda está em fase de organização e estudos no Brasil, coordenados por especialistas como Beatriz Grinsztejn, médica infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

Diferenças entre Prep em comprimidos e injetável

A principal diferença entre a Prep em comprimidos e a terapia injetável é a forma de administração dos medicamentos. Enquanto a Prep em comprimidos exige a tomada diária dos antirretrovirais, a Prep injetável oferece uma opção de longa duração, com injeções a cada oito semanas. Ambas as modalidades requerem acompanhamento médico e testes regulares para garantir sua eficácia na prevenção do HIV.

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