São Paulo - Crianças do ensino fundamental chegam para as aulas presenciais na Escola Estadual Terezine Arantes Ferraz Bibliotecaria, no Parque Casa de Pedra, zona norte da capital.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Apenas 25% das escolas brasileiras têm ações contra machismo e LGBTfobia; menor índice em 10 anos

Apenas 25,5% das escolas de todo o Brasil têm projetos de combate à LGBTfobia e ao machismo, revela o mapeamento realizado pela ONG Todos Pela Educação. Este é o patamar mais baixo registrado nos últimos 10 anos. 

A pesquisa tem base em questionários do Sistema Nacional de Avaliação Básica (SAEB), aplicados a diretores escolares entre 2011 e 2021. As informações indicam que, em 2011, 34,7% das escolas apresentavam tais projetos, atingindo o pico em 2017 com 43,7%. No entanto, a partir de 2019, houve uma queda significativa, resultando no índice de 25,5% em 2021.

Além da homofobia e do machismo, o levantamento da Todos Pela Educação também abordou o combate ao racismo nas escolas brasileiras. Apenas 50,1% das instituições têm projetos voltados a essa questão. Esse índice alcançou o seu auge em 2015, com 75,6%.

A analista de Políticas Educacionais da ONG, Daniela Mendes, aponta no relatório que essa queda pode estar associada ao avanço da pauta ultraconservadora, aos impactos da pandemia e à falta de coordenação nacional durante a última gestão do Ministério da Educação.

Para Mendes, as escolas devem ser um espaço de acolhimento e diversidade, não apenas de transferência de conteúdos. “Se queremos que crianças e jovens permaneçam nas escolas e consigam aprender, precisamos garantir um ambiente de maior inclusão e respeito”, diz.

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