Cis e trans: qual a diferença dos termos?
A crescente visibilidade dos movimentos LGBTQIA+ trouxe às conversas do dia a dia palavras que antes não eram conhecidas de muitos brasileiros, como “cisgênero” e “transgênero”, também usadas nas formas abreviadas “cis” e “trans”. Esses termos se referem a identidades de gênero.
Algumas pessoas confundem identidade de gênero com orientação sexual, o que dificulta a compreensão desses conceitos. Nesse sentido, é importante ter em mente que são aspectos relacionados, mas distintos sobre cada indivíduo.
Por exemplo: uma mulher (cis ou trans) que se relaciona sexual e afetivamente apenas com outras mulheres (cis ou trans) é lésbica, esta é sua orientação sexual.
Da mesma forma, um homem (cis ou trans) que se relaciona sexual e afetivamente apenas com outros homens (cis ou trans) é chamado de gay.
Outra orientação sexual que está entre as mais conhecidas é a bissexualidade: homens e mulheres (cis ou trans) que se relacionam tanto com homens quanto com mulheres (cis ou trans).
Mas o que é identidade de gênero e o que significa ser “cis” e “trans”, afinal?
Cisgênero
O termo “cisgênero” é usado para definir pessoas que se identificam com o gênero que é designado quando nasceram, o qual é associado socialmente ao sexo biológico. Em outras palavras, são pessoas nascidas com pênis que se identificam como homens e pessoas nascidas com vagina que se identificam como mulheres.
Transgênero
Já a pessoa “transgênero” é aquela que não se identifica com o gênero associado socialmente ao sexo biológico com que ela nasceu, ou seja: pessoas que nasceram com pênis, mas se identificam como mulheres e pessoas que nasceram com vagina, mas se identificam como homens.
Há, ainda, pessoas que nascem com qualquer um desses órgãos sexuais, mas não se identificam com nenhum dos gêneros “tradicionais” (homem e mulher). Elas se identificam de outras maneiras, como não-binárias ou agêneros.
Não-binários e travestis também fazem parte da categoria “transgênero”.
E drag queen/king?
O termo “drag” não se trata de uma identidade de gênero, mas uma expressão ou performance artística em que o/a intérprete usa roupas do gênero oposto ao seu próprio. Apesar de ser uma manifestação cultural comum entre LGBTQIA+, fazer drag queen ou drag king não diz respeito ao gênero ou sexualidade de quem está atuando.
Um exemplo da arte drag é o programa “RuPaul’s Drag Race”, em que os participantes competem para ser a melhor drag queen da temporada.
Em caso de dúvida a respeito de como se referir a uma pessoa, pergunte a ela quais são os seus pronomes (ela/dela; ele/dele, etc.).