A paraense Symmy Larrat. Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
política

Symmy Larrat será a Secretária Nacional LGBTQIA+, cargo inédito no Brasil

A ativista Symmy Larrat será a secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+, área que integra o Ministério dos Direitos Humanos. Convidada pelo ministro Silvio Almeida, Symmy é a primeira travesti a ocupar o cargo de secretária nacional no governo brasileiro.

O anúncio da indicação foi feito por Almeida neste sábado (31 dez.), no Twitter. “Symmy agrega todos os predicados essenciais para o exercício desta histórica função: capacidade de gestão, ativismo e propensão ao diálogo, sem jamais abdicar da intransigente defesa dos direitos da população LGBTQIA+”, escreveu ele.

Conforme a Diadorim já havia antecipado, Symmy Larrat era o nome mais cotado para assumir a gestão. Atual presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) ela também é ex-coordenadora nacional de políticas LGBT do governo Dilma (PT).

Militância

Eleita em 2017 para a presidência da ABGLT, Symmy Larrat foi a primeira travesti a ocupar a liderança de uma das principais entidades representativas do movimento LGBTI+ do Brasil, fundada em 1995. “Eu sou defensora da coletividade desde quando comecei a militar”, disse ela, em entrevista à Diadorim, em janeiro de 2021.

Paraense radicada em São Paulo, Symmy Larrat é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará, em Belém, cidade onde também começou a militância política. Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), ela foi a primeira travesti coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, no governo de Dilma Rousseff (PT), e também coordenou o programa Transcidadania, da prefeitura de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad (PT).

Secretaria

Criada pelo novo governo Lula, a Secretaria Nacional voltada à população LGBTQIA+ será composta pelo gabinete principal, conselho, diretoria e duas coordenações. Mas apesar de seu ineditismo, o setor enfrentará dificuldades de orçamento – uma vez que o governo Bolsonaro não previu qualquer verba para a área em 2023.

O Ministério dos Direitos Humanos contará ainda com as secretarias Executiva, da Pessoa com Deficiência, da Criança e do Adolescente e dos Direitos Humanos.

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