Ex-ministra Damares Alves em comissão do Senado. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
política

Consenso de Genebra: por que evangélicos pressionam Lula para manter acordo

Bloco ultraconservador é um dos focos da ofensiva antigênero promovida por Bolsonaro (PL)

Líderes evangélicos pressionam a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o Brasil não abandone o Consenso de Genebra. A informação é do colunista Jamil Chade, do UOL. O bloco ultraconservador, que alinha o Brasil a países violadores de direitos humanos, é um dos focos da ofensiva antigênero promovida pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

Em outubro de 2020, o bloco produziu um documento assinado por 32 países, que sugere um conceito restritivo de “família” como base da sociedade e se posiciona contra o direito ao aborto. O Brasil, sob o comando da então ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi um líderes da iniciativa.

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Compõem a aliança países que criminalizam pessoas LGBTI+, como a Arábia Saudita e o Egito, além de Hungria e Polônia, aliados estratégicos de Bolsonaro que registraram escaladas LGBTIfóbicas nos últimos anos.

O temor de grupos evangélicos é de que Lula se afaste do grupo de países quando tomar posse, a partir de janeiro. Gesto semelhante foi adotado pelo presidente estadunidense Joe Biden, que deixou o bloco logo após tomar posse, no ano passado. Em agosto deste ano, foi a vez do presidente da vizinha Colômbia, Gustavo Petro.

Em uma carta enviada à equipe de transição, mais de cem entidades brasileiras — entre elas, a ABGLT — solicitam que o novo governo retire a adesão do país ao Consenso, “para retomar os compromissos internacionais do Estado brasileiro com a igualdade de gênero e os direitos sexuais e reprodutivos”. O texto destaca que o bloco defende um “conceito restritivo de família”, além de ser composto por países que são conhecidos por violações de direitos das mulheres e da população LGBTI+.

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