Drag queens participam da abertura das Olimpíadas, em Paris. Foto: Divulgação
Drag queens participam da abertura das Olimpíadas, em Paris. Foto: Divulgação
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‘Celebração de estar vivo e de viver juntos’: quem é o diretor da abertura das Olimpíadas

A abertura das Olimpíadas 2024, em Paris, nesta sexta-feira (26 jul.), foi marcada pela diversidade e celebração ao amor, incluindo a presença de artistas e símbolos da cultura LGBTQIA+.

Um dos destaques do espetáculo, apresentado ao longo de seis quilômetros do rio Sena, foi um desfile, em homenagem à moda francesa, com presença de drags queens. Entre elas estavam as participantes do reality show “RuPaul’s Drag Race”, Nicky Doll e Piche.

Antes, a cerimônia também dedicou um trecho aos “amores parisienses”, com referências a poetas franceses. A cena mostrava três jovens – um deles não binário – se encontrando na Biblioteca Nacional da França, onde liam, e em seguida saindo pelas ruas da cidade. No final, o trio sugere um ‘ménage à trois’.

Diretor artístico

As cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas de Paris são assinadas por Thomas Jolly, 42, um dos principais diretores teatrais da França.

Jolly cresceu perto de Rouen, no norte do país, e estudou no Teatro Nacional da Bretanha, em Rennes. Em entrevista recente à revista Vogue, ele contou que, desde jovem, se imaginava em papéis como Cleópatra, e sua avó o ajudava a criar trajes elaborados.

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Gay, o diretor disse também que, após enfrentar bullying durante o ensino médio, redescobriu sua liberdade no palco, fundando sua própria companhia de teatro em 2006. Sua reputação cresceu rapidamente com produções aclamadas em grandes festivais.

Entre seus trabalhos notáveis está a reimaginação de uma adaptação operística de “Romeu e Julieta” para a Ópera de Paris, que incluía waacking, uma dança de rua originada nos clubes gays de Los Angeles na década de 1970. Além disso, sua produção itinerante do musical “Starmania” explorou temas de gênero.

Para Jolly, o espetáculo criado para as Olimpíadas é “uma celebração de estar vivo e de viver juntos” e ele espera que todos se sintam representados na cerimônia.

O diretor Thomas Jolly

Foto: Divulgação

Representatividade

Pelo menos 155 atletas LGBTQIA+ do mundo todo estão competindo nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, de acordo com um levantamento feito pelo site esportivo OutSports, a partir de declarações públicas.

O Brasil é o segundo país com mais atletas LGBTQIA+ nas Olimpíadas: são 24 (confira a lista completa). No topo da lista estão os Estados Unidos, com 29.

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