entendidas
O que é intersexo?
Muitas vezes erroneamente associadas ao termo “hermafroditas”, as pessoas intersexo fazem parte da comunidade LGBTQIA+.
Recentemente, a Conferência Nacional de Saúde tomou uma medida histórica ao aprovar uma recomendação ao Ministério da Saúde para acabar com cirurgias de imposição de gênero em crianças intersexo. A influenciadora digital Karen Bachini também trouxe à tona a sua experiência em um vídeo, destacando a importância de compreender a diversidade de experiências de gênero.
Quem são as pessoas intersexo?
- Pessoas que nascem com características físicas que fogem das expectativas tradicionais de corpos masculinos ou femininos, frequentemente de origem genética.
- Essas diferenças podem envolver órgãos reprodutivos, padrões hormonais e outros aspectos.
- De acordo com a ONU, estimativas indicam que essas pessoas compõem entre 0,05% e 1,7% da população mundial, o que equivale a cerca de 3,5 milhões de indivíduos no Brasil. No entanto, esse grupo muitas vezes permanece invisibilizado.
Ser intersexo é uma doença?
- Não, a intersexualidade em si não é sinônimo de problemas de saúde. Alguns profissionais de saúde classificam o estado como Desvios de Desenvolvimento Sexual (DDS), mas muitos indivíduos intersexo discordam dessa abordagem.
- Cirurgias para “normalizar” crianças intersexo têm sido realizadas, mas a Associação Brasileira de Intersexos defende que tais procedimentos ignoram a autonomia das crianças em relação aos seus corpos
Posso usar o termo “hermafrodita”?
- Não, o termo “hermafrodita”, com origem na mitologia grega, era usado para descrever pessoas que possuíam características tanto femininas quanto masculinas. No entanto, seu uso tornou-se pejorativo e não é apropriado para se referir a pessoas intersexo.
Lembrando que o Dia da Visibilidade Intersexo é celebrado em 26 de outubro, um momento importante para reconhecer e respeitar a diversidade de experiências de gênero.