João Silvério Trevisan fala sobre seu novo livro e carreira literária em evento da Diadorim
No próximo dia 13 de julho, a Agência Diadorim promove um bate-papo com o escritor João Silvério Trevisan, sobre seu novo romance autobiográfico “Meu Irmão, Eu Mesmo” (Alfaguara). A conversa, mediada pelo jornalista Allan Nascimento, será na SP Escola de Teatro, na praça Roosevelt, região central de São Paulo, a partir das 19h30. A entrada é gratuita.
“Meu Irmão, Eu Mesmo” é a segunda parte da trilogia da dor, iniciada por Trevisan em 2017. No livro, o escritor reconta a relação de amizade entre ele e o irmão mais novo, Cláudio.
Em 1992, João Silvério Trevisan descobriu estar infectado pelo vírus HIV e acreditava ter pouco tempo de vida. No entanto, a tragédia acabou atingindo Cláudio, que faleceu aos 48 anos vítima de um câncer linfático. Em uma narrativa impactante, o autor faz um retrato de grande autenticidade sobre a experiência da perda.
O bate-papo também irá abordar a carreira literária de Trevisan, uma dos mais importantes escritores da literatura brasileira e histórico militante LGBTQIA+ do país.
Carreira
Nascido em Ribeirão Bonito, São Paulo, João Silvério Trevisan é autor ensaios, roteiros de cinema, peças de teatro e explorou várias plataformas criativas.
No campo do cinema, Trevisan escreveu e dirigiu o longa-metragem “Orgia ou o Homem que Deu Cria”, uma obra que abraça o estilo do cinema marginal, conhecido como “boca do lixo”, e que confronta o movimento do cinema novo com a opressão da liberdade de expressão durante o regime militar dos anos 1970. O filme acabou sendo censurado, o que levou Trevisan a deixar o país por oito anos.
De volta ao Brasil, em 1978, ele fundou o grupo Somos, que atua na defesa dos direitos dos homossexuais.
Na literatura, ele é autor de obras como “Em Nome do Desejo” (1983), “Vagas Notícias de Melinha Marchiotti” (1984), “Devassos no Paraíso” (primeira edição de 1986), “Ana em Veneza” (1994) e “Seis Balas num Buraco Só: A Crise do Masculino” (primeira edição de 1998).