Federação de atletismo proíbe mulheres trans em provas femininas
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Federação de atletismo proíbe mulheres trans em provas femininas

A World Athletics, entidade que gere o atletismo mundial, anunciou a proibição de atletas transgênero de participarem de competições internacionais na categoria feminina.

Segundo o presidente da organização, Sebastian Coe, nenhuma atleta trans que passou pela puberdade masculina poderá competir a partir de 31 de março. Um grupo de trabalho será formado para conduzir mais pesquisas sobre as diretrizes de elegibilidade para transgêneros. A decisão foi tomada para “proteger a categoria feminina”, afirmou Coe.

A World Athletics também votou para reduzir a quantidade de testosterona no sangue permitida para atletas com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD), como a sul-africana Caster Semenya. As pessoas DSD serão obrigadas a reduzir seus níveis de testosterona para menos de 2,5 nanomoles por litro e devem permanecer abaixo desse limite por dois anos para competir em provas internacionais na categoria feminina em qualquer evento de atletismo.

Anteriormente, atletas DSD eram alvo de restrições apenas em eventos de 400 metros a uma milha. Disposições provisórias serão introduzidas para atletas DSD que já competem em eventos anteriormente irrestritos, exigindo que elas mantenham seus níveis de testosterona abaixo de 2,5 nanomoles por litro por pelo menos seis meses antes de serem autorizados a competir novamente.

Transexuais no esporte

Em 2021, o debate sobre a inclusão de pessoas transexuais nas competições esteve em destaque no Brasil após comentários da jogadora Tandara em entrevista a um podcast. Ela disse ser contra a participação de Tiffany e outras mulheres trans no vôlei feminino. “Eu acredito de verdade que não seja justo” disse a jogadora. Ainda assim, Tandara disse respeitar a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), a primeira entidade esportiva brasileira a ter uma política interna de  promoção da equidade de gênero e  da diversidade. 

Tiffany Abreu é a primeira jogadora trans do vôlei brasileiro a disputar a Super Liga. Além de Tandara, o ex-técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, já fez comentários sobre a presença de Tiffany. O treinador foi flagrado dizendo “Um homem, é fo**” durante um jogo entre o Sesc-RJ, treinado por Bernardinho, e o Sesi-Bauru, time em que Tiffany jogava. O time carioca perdeu o jogo e ficou fora da disputa.

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