Vereadora teve que sair escoltada de Brasília. Foto: Reprodução/Tais Curti
Vereadora Thainara Faria (PT) teve que sair escoltada da cidade. Foto: Reprodução/Tais Curti
violência

Vereadora é ameaçada de morte durante encontro de parlamentares em Brasília

A vereadora de Araraquara Thainara Faria (PT-SP) foi vítima de ameaças de morte enquanto participava do 1º Encontro Nacional de LGBT+ Eleites, realizado nos dias 20 e 21 de janeiro em Brasília. A parlamentar recebeu as mensagens por e-mail e precisou sair escoltada da capital federal. 

Faria publicou no Instagram e no Twitter a mensagem que recebeu de uma pessoa identificada como Anderson Ludovico de Meneses, na qual ele diz que está “cansado de ver MACACAS GAYSISTAS como você pregando racismo contra homens brancos e de bem” e descreve o plano de massacre contra os participantes do evento.

Segundo um vídeo publicado também no Instagram, Thainara Faria disse que recebeu apoio do Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Provavelmente eu me ausente um pouco das redes sociais, tá? Questão de segurança mesmo, né? Montar uma espécie de segurança para resguardar a minha vida. Infelizmente eu sou mais um de tantos relatos de mulheres pretas LGBT que estão na política, aquelas que ainda conseguem falar”, disse a vereadora.

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De acordo com a carta de apoio à parlamentar publicada pela VoteLGBT, que produziu o 1º Encontro Nacional de LGBT+ Eleites, a organização do evento entrou em contato com os gabinetes do deputado distrital Fábio Felix (DF-PSOL) e da deputada federal Erika Kokay (DF-PT) para pedir apoio. Além disso, a segurança do local onde acontecia as reuniões foi reforçada pelas polícias Civil e Federal.

Na segunda-feira (23 jan.), Thainara Faria voltou ao Instagram para dizer que está bem e agradecer o apoio de familiares, amigos e outras pessoas que prestaram solidariedade a ela. Faria também falou que recebeu novas mensagens violentas “A herança do bolsonarismo ainda é muito viva na cabeça das pessoas e no coração. Mas com certeza nós vamos seguir lutando contra o racismo, contra a LGBTQIfobia, contra todos os males que nós acreditamos que estão acabando com a sociedade. Nós queremos um país livre, pessoas livres para serem felizes.”

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