‘Joãozinho seja Joãozinho’: em clima de campanha, Bolsonaro reforça LGBTIfobia
Em um encontro com evangélicos de Imperatriz (MA), na última quarta-feira (14 jul.) o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou discurso LGBTIfóbico para criticar o seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Lula (PT).
Bolsonaro disse que o petista quis impor a “desconstrução da heteronormatividade”, durante os oito anos em que esteve na Presidência (de 2003 a 2010). Além disso, o chefe de Estado afirmou que seu governo não quer que o “caráter” de família “seja deturpado em sala de aula”.
Jair Bolsonaro ainda usou uma fala transfóbica: “O que nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda. A Mariazinha seja Maria a vida toda. Que constituam família.”
Em clima de campanha e enfraquecido nas pesquisas de intenção de voto, o presidente tenta manter sua base de apoiadores recorrendo a discursos eleitoreiros, incluindo os frequentes ataques à população LGBTI+.
Em 19 de junho, Bolsonaro fez uma postagem nas redes sociais com referência indireta ao que ele chama de “kit gay” — o projeto Escola sem Homofobia, censurado no governo Dilma Rousseff (PT), em 2011, e que virou arma de conservadores em campanha de fake news.
Naquele dia, em São Paulo, acontecia a Parada do Orgulho LGBTI+, considerada a maior do mundo.