Parlamentares e integrantes do movimento LGBTI+ protestaram em frente à sede do governo de PE. Foto: Yane Mendes/Marco Zero
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Brasil teve 207 mortes violentas de LGBTI+, entre janeiro e agosto de 2021

Um relatório parcial do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil, divulgado em 28 de setembro, mostrou que de janeiro a agosto de 2020 houve 207 crimes deste tipo no país. O levantamento foi feito com base em notícias publicadas na imprensa e em publicações de redes sociais – já que não há dados oficiais sobre violência em razão de gênero e orientação sexual.

De acordo com a pesquisa coordenada pelo Acontece – Arte e Política LGBTI+ e pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), 82,61% das mortes violentas foram homicídios. Mas há, também, suicídios (8,70%), latrocínios (7,73%) e mortes por overdose (0,97%).

A maior parte das vítimas era gay (49,28%). Em seguida, estão trans e travestis (41,55%) e mulheres lésbicas (3,86%). Pessoas brancas são 33,82% dos mortos, e negras e perdas são 32,37%. Em 33,82% dos casos, no entanto, não havia informações disponíveis sobre este quesito.

Levando-se em consideração o número de mortes violentas por milhão de habitantes, os estados mais letais para LGBTI+ são, respectivamente, Mato Grosso (3,36 mortes por milhão), Alagoas (2,37), Amapá (2,27 mortes por milhão) e Sergipe.

Entre as mortes de LGBTI+ registradas neste período, estão a de Lindolfo Kosmaski, gay e militante do MST, executado com dois tiros, em São João do Triunfo (PR), e a de Roberta Silva, trans e negra, que teve 40% do corpo queimado enquanto dormia na rua, no Recife (PE).

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