Monkeypox: quem pode tomar a vacina contra a varíola?
Imunização começa no dia 13 para grupos mais vulneráveis à forma grave da doença
O Ministério da Saúde vai iniciar a campanha de vacinação contra a mpox (antes conhecida como monkeypox ou “varíola dos macacos”) em 13 de março. As doses serão aplicadas nos grupos mais vulneráveis à forma grave da doença e em profissionais de saúde.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) conta com 46 mil doses disponíveis e o Ministério da Saúde indica que sejam aplicadas duas doses por pessoa. Quem já foi diagnosticado com Mpox ou apresenta lesões suspeitas no momento da imunização não pode se vacinar.
De acordo com as informações de situação epidemiológica divulgadas em 3 de março, o Brasil tem 10.862 casos confirmados de monkeypox e 2.325 suspeitos. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados com mais casos confirmados. Bahia e Pernambuco são os estados com maior número de suspeitas da doença.
O imunizante utilizado na campana de imunização se chama Jynneos e pertence à farmacêutica Bavarian Nordic. A vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto de 2022 e teve a licença de seis meses de uso prorrogada em fevereiro. O Brasil ainda não tem previsão para a compra de novas doses.
Veja os grupos que podem se vacinar contra a monkeypox:
Caso não tenham sido expostas ao vírus (pré-exposição), podem se vacinar:
- Pessoas que vivem com HIV: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com 18 anos ou mais. O status imunológico (correspondente à contagem de linfócitos T CD4) deve ser inferior a 200 células nos últimos seis meses;
- Profissionais da saúde: entre 18 e 49 anos, que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causado da doença, em laboratórios com nível 3 de biossegurança (NB-3).
Caso já tenham sido expostas ao vírus (pós-exposição), podem se vacinar:
- Pessoas de 18 a 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou contaminadas com a mpox. A vacina deve ser aplicada em até quatro dias após a exposição.