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Ana Moser defende inclusão de atletas trans nos esportes
A nova ministra do Esporte, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, defendeu a inclusão de atletas transexuais, em uma entrevista ao site Poder360 e divulgada nesta sexta-feira (6 dez.). Para Moser, as decisões devem ser tomadas com base na ciência apesar das discussões feitas sobre o tema.
Durante a entrevista, a ministra disse que: “Temos de tratar [as pessoas transexuais] com todo respeito e condições de inclusão. Já avançamos muito nesses parâmetros com algumas experimentações, porque algumas federações têm mais liberdade em alguns lugares do mundo […]. Temos que buscar dar o tratamento mais cidadão e civilizatório”.
Segundo Ana Moser, já estão sendo feitos testes para o estabelecimento dos parâmetros relacionados a essa inclusão, como tempo de transição e nível de hormônios.
Além disso, a ministra defendeu o esporte como aliado da educação e relatou que a mudança do ministério para uma secretaria dentro do governo Bolsonaro prejudicou o orçamento e desvalorizou a área do esporte no país: “Perdemos o espaço de conversar de ‘igual para igual’. Não tinha orçamento, pois vinha do ministério mãe, o da Cidadania. Com isso, se desmontaram muitos programas”. O orçamento do ministério para 2023 é de R$ 2 bilhões.
Transexuais no esporte
Em 2021, o debate sobre a inclusão de pessoas transexuais nas competições esteve em destaque após comentários da jogadora Tandara em entrevista a um podcast. Ela disse ser contra a participação de Tiffany e outras mulheres trans no vôlei feminino. “Eu acredito de verdade que não seja justo” disse a jogadora. Ainda assim, Tandara disse respeitar a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), a primeira entidade esportiva brasileira a ter uma política interna de promoção da equidade de gênero e da diversidade.
Tiffany Abreu é a primeira jogadora trans do vôlei brasileiro a disputar a Super Liga. Além de Tandara, o ex-técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, já fez comentários sobre a presença de Tiffany. O treinador foi flagrado dizendo “Um homem, é fo**” durante um jogo entre o Sesc-RJ, treinado por Bernardinho, e o Sesi-Bauru, time em que Tiffany jogava. O time carioca perdeu o jogo e ficou fora da disputa.
