Apresentador Gilberto Barros é condenado a dois anos de prisão por homofobia
Em 2020, Barros fez comentários preconceituosos e incitou a violência contra LGBTIs
O apresentador Gilberto Barros, de 63 anos, foi condenado, na última sexta-feira (12), a dois anos de prisão pelo crime de homofobia. A decisão foi da juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Em setembro de 2020, no seu programa “Amigos do Leão”, no YouTube, Barros fez comentários preconceituosos e incitou a violência contra LGBTIs.
Ao comentar sobre os tempos em que trabalhava na Rádio Globo, na década de 1980, ele disse que “tinha que acordar às 2h30 e ainda presenciar, no lugar onde guardava o carro, beijo de língua de dois bigodes, porque tinha uma boate gay lá na frente”. “Não tenho nada contra, mas eu também vomito. (…) Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente faz, apanha os dois, mas faz”, emendou o apresentador.
Em fevereiro, o apresentador também foi condenado em esfera administrativa, com base na lei paulista nº 10.948, que pune atos discriminatórios em razão de orientação sexual e identidade de gênero. Barros foi multado em R$ 32 mil.
A denúncia contra Gilberto Barros foi feita pelo jornalista William De Lucca, por meio dos seus advogados Dimitri Sales e Fernanda Nigro.
Como Barros é réu primário e a pena é menor que quatro anos, ele não será preso, mas terá de prestar serviços à comunidade. Já a multa será revertida em cestas básicas a serem doadas a entidades que atuam com a população LGBTI+. Cabe recurso da defesa.